segunda-feira, 8 de junho de 2015

Um dia muito especial

 
 
 
Neste segundo domingo de Dezembro será comemorado um dia muito especial: o Dia da Bíblia! Desde Dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional. Todavia, a data comemorativa surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Crammer incluiu no livro de orações do rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. Atualmente, esse dia especial é comemorado em cerca de sessenta países.
A Bíblia tem sido considerada o livro mais vendido do mundo, sendo lida e prezada, ao mesmo tempo que, paradoxalmente, perseguida e ignorada, mais do que qualquer outro livro no decorrer da história. Desde os tempos dos primeiros zelosos cristãos, que copiavam à mão o número máximo de Bíblias que podiam, até meados do Século 15, quando o ourives Johannes Gutemberg produziu a Bíblia em Latim com tipos metálicos móveis, chegando até nossos dias, calcula-se que foram distribuídos cerca de sete bilhões de exemplares da Bíblia, completa ou em partes, em mais de 2.000 idiomas. Um número de impressionar!
Porém, muito mais fascinante que a imensa tiragem da Bíblia, é a sua afirmação de ser de autoria divina. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16). A expressão "inspirada por Deus" (em Grego: Theo-pneu-stos) significa literalmente "soprada por Deus". Ou seja, o Espírito Santo de Deus impeliu escritores, como que soprando sobre eles, de modo que o produto final pode ser, de fato, considerado como “Palavra de Deus”. Assim, o próprio Deus falou “muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho” (Hb 1.1). O próprio Jesus afirmou aos judeus: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39).
Há muitos testemunhos de homens célebres no decorrer da história a respeito desse fabuloso Livro divino.
Isaac Newton disse: “Há mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana”.
Coelho Neto afirmou: “Livro de minha alma aqui o tenho: é a Bíblia! Não o encerro na biblioteca, entre os de estudo, conservo-o sempre à minha cabeceira, à mão. É dele que tiro o pão para a minha fome de consolo, é dele que tiro a luz nas trevas das minhas agonias”.
Abraham Lincoln testemunhou: “Eu acredito que a Bíblia é a melhor dádiva que Deus deu à humanidade. Todas as coisas boas do Salvador do Mundo nos são ditas através deste Livro”.
D. Pedro II declarou: “Eu amo a Bíblia, eu leio-a todos os dias e, quanto mais a leio tanto mais a amo. Há alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo, não compreendo tais pessoas, mas eu a amo, amo a sua simplicidade e amo as suas repetições e reiterações da verdade. Como disse, eu leio-a quotidianamente e gosto dela cada vez mais”.
Theodore Roosevelt ressaltou: “Um bom conhecimento da Bíblia vale mais do que uma educação superior. Quase todas as pessoas que com o trabalho de suas vidas acrescentaram algo para o conjunto das realizações humanas... basearam o seu trabalho grandemente nos ensinamentos da Bíblia”.
John Quincy Adams publicou: “Tão grande é a minha veneração pela Bíblia que, quanto mais cedo meus filhos começam a lê-la, tanto mais confiado espero que eles sejam cidadãos úteis à pátria e membros respeitáveis da sociedade. Há muitos anos que adoto o costume de ler a Bíblia toda uma vez por ano”.
George Müller revelou: “O vigor de nossa vida espiritual está na proporção exata do lugar que a Bíblia ocupa em nossa vida e em nossos pensamentos. Faço esta declaração, solenemente, baseado na experiência de cinquenta e quatro anos”.
Immanuel Kant expôs: “Que o homem progrida quanto quiser, que todos os ramos do conhecimento humano se desenvolvam ao mais alto grau, coisa alguma substituirá a Bíblia, base de toda a cultura e de toda a educação. É minha fé na Bíblia que me serviu de guia em minha vida moral e literária. Quanto mais a civilização avance, mais será empregada a Bíblia”.
Napoleão Bonaparte confessou: “A alma jamais pode vaguear sem rumo, se tomar a Bíblia para lhe guiar os passos. A Bíblia não é um livro simplesmente; é um Ser vivo que tem o poder de conquistar os seus adversários”.
Sabemos que a importância de qualquer palavra depende da credibilidade de quem a fala. Por isso podemos confiar na Bíblia, pois o Deus que a inspirou nunca mente e jamais muda. Desejo, assim, que cada um de nós possa dizer, como o salmista: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos” (Sl 119.105).
E você o que diria da Bíblia? Leia-a e decida.
Feliz Dia da Bíblia!
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém



sexta-feira, 22 de maio de 2015

A fé e a simplicidade do Evangelho


 
 
      
      
       Certa feita, um homem de posição perguntou a Jesus o que deveria fazer para ser salvo. Jesus o testou sobre o conhecimento que tinha dos mandamentos de Deus, ao que ele respondeu que os cumpria integralmente desde a sua juventude. Jesus então o mandou vender todos os seus bens e dar o dinheiro aos pobres. Nesse ponto, aquele homem se retirou com imensa tristeza, pois era riquíssimo (Lc 18.18-23). Era dominado pela avareza. Mas a sua retirada revelou não só o quanto sua alma era apegada aos bens que possuía e confiante na segurança produzida pelas riquezas, mas também que ele queria uma salvação que estivesse subordinada aos seus próprios esforços. Era como se dissesse: ‘Diga lá, Mestre, o que eu tenho de fazer para ser salvo. É só dizer, qualquer coisa, que eu tiro de letra’.
       Não são poucas as pessoas que querem uma salvação que lhes custe os maiores esforços pessoais. Esse é o caminho da religião, que diz: faça isso, se esforce, faça por merecer. Desse modo, se for preciso escalar uma montanha, que seja o Everest. Se for para caminhar de joelhos, que se invente uma escadaria íngreme que dê nas nuvens. Se for para correr, que as maratonas dobrem as distâncias. Se for para dar esmolas, que as sobras bastem. Qualquer coisa, desde que o esforço valha a salvação!
O general Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era um homem assim. Ele era poderoso, mas tinha um grande problema: havia contraído lepra. Ele tinha pouco tempo de vida e seu prestígio estava minguando. Nisso, uma menina, criada de sua esposa, apresentou-lhe a mensagem de que havia em Israel um profeta de Deus que podia curá-lo. Convencido pela esposa, juntou presentes finos e muito dinheiro, e partiu ao encontro do profeta Eliseu. A mensagem que o profeta lhe deu foi simples: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo”.
Naamã ficou indignado, e reclamou: “Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso”. Nisso, os seus oficiais lhe disseram: “Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo”. Então, Naamã fez o que lhe dissera o profeta de Deus e ficou totalmente curado. Depois disso, ele afirmou: “Reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel”. (2Re 5.1-15)
Moral da história: enquanto o profeta de Deus queria que Naamã exercesse uma fé simples, este queria espetáculo. Mas só depois de fazer “consoante a palavra do homem de Deus” foi que Naamã recebeu a sua purificação.
É assim com o Evangelho de Jesus Cristo: sua mensagem é simples e descomplicada, cuja linguagem é compreensível até mesmo às crianças. A resposta óbvia que a mensagem do Evangelho exige de cada pessoa deve ser imbuída de uma fé igualmente simples, mas não simplista. A experiência nos ensina, porém, que muitos não conseguem entender que as exigências esdrúxulas e mirabolantes, muitas vezes apresentadas como “mensagens evangélicas”, nada têm a ver com o verdadeiro Evangelho.
       Se o Evangelho fosse complicado, talvez fosse mais palatável aos afeitos a enfrentar desafios pessoais difíceis. Se dependesse de grandes exercícios intelectuais, talvez fosse considerado suficientemente culto para os que se gloriam no próprio saber. Se dependesse de investimento financeiro e pudesse ser comparado a uma apólice, talvez os ricos estivessem dispostos a pagar grandes somas para conseguir o “seguro” das bênçãos.
O Evangelho tem uma marca: tudo o que tinha de ser feito para que a nossa comunhão com Deus fosse reatada, já foi realizado por Jesus na cruz, quando Ele mesmo disse: “Está consumado!” (Jo 19.30). Essa é a boa notícia: “O Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). É o poder de Deus, não o meu próprio.
O Evangelho é a “boa notícia” de que somos salvos pela graça. Graça é Deus nos dar “de graça” todo o bem (a salvação é o maior bem) que nós não merecemos. O que Deus requer de cada pessoa é a simplicidade da fé devida ao Evangelho. A religião trabalha com crenças, com as possibilidades humanas, com os esforços de cada um para conseguir algum favor divino. O Evangelho trabalha a partir de uma fé simples na obra que Jesus realizou. Fé é certeza! Fé é convicção! Certeza e convicção de que a Salvação já está garantida por Jesus (Hb 11.1).
Infelizmente, alguns líderes religiosos abusam da credulidade do povo. Em vez de levarem as pessoas ao exercício de uma fé simples, complicam tudo e as remetem aos esforços pessoais que em nada aproveitam. Bem disse o sábio Salomão: “Tudo o que eu aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo” (Ec 7.29).
O Evangelho de Jesus é simples, mas deveras exigente. A salvação é de graça, mas não é barata. A porta e o caminho são estreitos e sem atalhos (Mt 7.13,14). Tentar baratear a salvação e alargar o seu caminho só dará em perdição. Apenas creia em Jesus e seja salvo!
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém